segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

LIDANDO COM OS CONFLITOS FAMILIARES


Pr Luciano R. Peterlevitz – Missão Batista Vida Nova, 05/12/2010

Leia Gênesis 16.1-16

Introdução

O problema não são os conflitos. O problema é o modo como lidamos com eles.

Conflitos na casa de Abraão: v.1-6.

Passaram-se dez anos, e a promessa de Deus, referente ao nascimento do filho prometido, ainda não havia se cumprido.

Então Sarai adere ao costume da antiga Mesopotâmia: diante da esterilidade, a mulher entregava sua escrava como mulher ao marido, para que os filhos dessa união fossem reconhecidos como seus: v.2-4a. Legalmente, a escrava passava a ser ‘propriedade’ do marido. Assim, Agar foi entregue por Sarai a Abraão. A escrava passou a pertencer a ele.

Conflito familiar (v.4b-6): Agar concebeu, e começou desprezar Sarai. Então Sarai exigiu que Abraão desenvolvesse-lhe Agar. Seu pedido foi atendido (v.6).

Maltrata por Sarai, Agar foge de sua presença. Vai ao deserto, no “caminho de Sur”, rumo ao Egito, sua terra natal.

Agar, diante dos conflitos familiares, fugiu para o deserto. Lá o Anjo do Senhor foi ao seu encontro.

O que fazer quando estamos no deserto, por causa de conflitos familiares?

O que o Anjo do Senhor disse para Agar?

É preciso enfrentar os conflitos

Volta, e resolva o problema. Foi isso que o Anjo do Senhor disse para Agar (v.9).

Agar: era mulher (inferiorizada pela cultura da época), estava grávida e era escrava egípcia. Além disso, estava sozinha num árido deserto. Situação difícil. Mas ela estava ali porque fugia dos conflitos.

Problema: a fuga gera solidão e multiplica a dor.

Antes de fazer a promessa para Agar (v.10-12), o Anjo exige dela uma atitude: “Volta para a tua senhora humilha-te sob as mãos dela.”

Muitas pessoas querem a promessa, mas não se dispõem a fazer sua parte na resolução dos problemas familiares.

Atitudes que ajudam a resolver os conflitos:

a) Amor (do marido à mulher). Maridos: o Senhor não amará suas esposas por vocês. Vocês precisam fazer isso.

b) Respeito (da mulher ao marido). Esposas: o Senhor não respeitará seu marido por vocês. Vocês precisam fazer isso.

c) Honra e obediência (dos filhos aos pais). Filhos: o Senhor não honrará seus pais em por vocês. Vocês precisam fazer isso.

d) Humildade (o amor não se engrandece; é a recomendação de Deus a Agar: “humilha-te sob as mãos dela”). O Senhor não se humilhará por você. Você precisa fazer isso.

e) Perdão mútuo. O Senhor não perdoará por você. Você precisa fazer isso.

A mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar. É o nosso pecado que faz separação entre nós e Deus. O Senhor sempre está disposto a restaurar uma família. Você almeja isso para sua casa? Então, encare os problemas. Não fuja deles. Se os conflitos existem, você também é culpado por eles. É preciso que você se disponha a resolvê-los. Como? Amando, perdoando, humilhando-se, respeitando. É preciso uma atitude sua.

É preciso confiar na promessa

Depois da exigência, o Anjo prometeu uma descendência numerosa para Agar: v.10.12.

V.11: “chamarás Ismael, pois o Senhor ouviu tua aflição”. O nome “Ismael” significa “que Deus ouça” ou “Deus ouve”, e relaciona-se à frase “o Senhor ouviu tua aflição”. Os descendentes de Ismael seriam numerosos (v.10). De fato o filho de Agar foi pai dos ismaelitas, de onde vêm os atuais maometanos e árabes. Estes até hoje vivem em “hostilidade” (v.12) com seus irmãos israelitas, pois reivindicam a ancestralidade com Abrão e a possa da Palestina.

V.13-14: El Roi, “Deus da visão”. Agar contemplou a manifestação de Deus. Àquele poço, onde o Anjo do Senhor lhe havia aparecido, Agar deu o nome de “Beer-Laai-Roi”, que significa “um poço daquele que vive e me vê”. O Deus Vivo viu a aflição de Agar!

Deus ouviu o clamor de Agar (“Ismael”). Deus viu sua aflição (“Beer-Laai-Roi”). Assim também, o Senhor vê e ouve os conflitos das nossas famílias.

Agar retornou para Sarai (v.15). Quatorze anos depois, será novamente expulsa por sua senhora (Gn 21.9-21). Caminhará errante, com seu filho Ismael, pelo deserto da Berseba. O cantil de água secará. Ela e seu filho chorarão. Mas do deserto o choro da mãe e da criança será ouvido por Deus: Gn 21.17. Os olhos de Agar serão abertos, e ela verá um poço bem próximo (21.19).

Por mais árido que seja o deserto, sempre haverá um poço ao nosso redor. O problema é que geralmente não o enxergamos. Então é preciso que o Senhor abra nossos olhos. E então a água que mata nossa sede sempre estará à nossa disposição.

Essa é a promessa de Deus: sempre teremos em nossas mãos a Palavra de Deus, viva e eficaz. Que ela esteja em nossos corações.

Essa é a promessa de Deus: o seu amor, que tem sido derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi outorgado (Rm 5.5). Sendo assim, sempre seremos capacitados pelo Espírito para amar e para perdoar.

Conclusão

É assim que vamos lidar com os conflitos familiares: encarando os problemas; diante dos conflitos, o Senhor espera uma atitude nossa. Mas, é claro, é preciso confiar no Deus que ouve e vê nossos conflitos.

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